terça-feira, 8 de março de 2016

Curaçao: a cor do Caribe


As Antilhas Holandesas, Aruba, Bonaire e Curaçao (ABC), eram ilhas de negociantes holandeses, vendedores de escravos e ponto de encontro de piratas. Hoje, o comércio e o turismo são os principais motores das economias.
Willemstad

Eu conheci apenas Curaçao e fiquei encantada. Curaçao, a maior das três ilhas, é uma mistura de cidades coloridas e interior charmoso e cheio de plantações. A capital, Willemstad, é um centro comercial forte com prédios e praças tombados pela UNESCO. A cidade é toda colorida e cada prédio é de um tom diferente. Engraçado que até as placas dos carros mostram as cores da cidade.

Curaçao conta com praias lindas e mar transparente e tem excelentes pontos de mergulho. E foi considerada pela Frommer`s um dos 12 melhores lugares para se visitar em 2012.

A ilha é hoje um importante porto no sul do Caribe e rota para os produtos que tem como destino a Venezuela, além de ser livre de impostos – ótimo para as compras!

A viagem para essa ilha tão bonitinha foi, por si só, uma aventura. Chegamos em Curaçao próximo ao horário do almoço e partimos no outro dia com o nascer do sol. Não importa o tempo que tenha durado, as companhias foram as melhores possíveis. E eu amo meus amigos!
Fim de tarde no Caribe
 Vamos às dicas!!


Embaixada/ Consulado do Brasil:

A Embaixada do Brasil responsável por Curaçao fica em Trinidad e Tobago. Há um Consulado Honorário para atender aos brasileiros


http://www.brazilcuracao.com/
E-mail: info@brazilcuracao.com


Moeda:
Florim das Antilhas Holandesas ou Netherlands Antillean Guilder (NAf) e Dólar (USD)
R$ 1,00 = NAf 0,88   (cotação de 8/6/2012)


Idiomas Oficiais: holandês, Espanhol, Inglês e Papiamento

Bairro de Punda - Fort Amsterdam à direita
Uma pequena curiosidade sobre o idioma Papiamento: é uma língua criola, derivada do pidgin portugues, também conhecido como guene. Era o idioma falado pelos escravos africanos (originários das zonas de Guiné-Bissau/ Cabo Verde/ São Tomé/ Golfo da Guiné) que foram trazidos pelos holandeses para o trabalho na lavoura de cana de açúcar no nordeste brasileiro. Com as Guerras do Açúcar, os holandeses, em sua maioria judeus, levaram boa parte dos seus escravos para as Antilhas Holandesas e o indioma português que, misturado com o guene, virou o Papiamento.
Papiamento vem de papiá (conversar), derivado da palavra portuguesa "papear".
Documentação:
Brasileiros não precisam de visto para entrar em nenhuma das ilhas. É exigido apenas passaporte válido por, no mínimo, 6 (seis) meses.

Quando ir:

O ano todo!!!! A estação chuvosa é de setembro a dezembro. Devido a sua localização, Curaçao não sofre com as temporadas de furacões do Caribe. OS cruzeiros costumam operar entre outubro e abril.
A temperatura média anual é de 28oC.
Entre janeiro e fins de fevereiro /março corre o Carnaval, que é um dos maiores do Caribe.




Transporte:
O Hato Internacional Airport recebe vôos de diversos países, inclusive entre as ilhas (para Bonaire, é cobrada tarifa doméstica; para Aruba, internacional). A Gol tem vôo direto de Brasília até Curaçao saindo e retornando sempre aos sábados.

Placa de um carro em Curaçao
É muito fácil se locomover em Willemstad porque a cidade é relativamente pequena. O Canal Annabaai divide a cidade ao meio: Otrabanda, região mais nova, e Punda, onde fica a velha Willemstad e o Fort Amsterdam. Existe uma ponte móvel – Ponte Queen Emma – que liga as duas partes, além de barcos gratuitos.

Os hotéis ficam próximos às praias e um pouco afastados da capital, por isso, a melhor opção é o velho e bom taxi.



Hospedagem:
Existem vários hotéis e hostels para todos os bolsos. Veja no www.booking.com ou no http://www.hostelworld.com/ a melhor opção para você.

As principais redes hoteleiras ficam afastadas da capital, bem próximo às praias.

Atrações:

·         Conheça a charmosa Old Willemstad, com suas ruelas de pedra, lojas e prédios coloridos, praças bonitas, cafés e o Fort Amsterdam (atualmente sede do governo).

·         Em Otrabanda, o Fort Riffart é um excelente local para comer, comprar umas lembrancinhas e ver os navios passando pelo Canal Annabaai.

Praia Parasasa
·         Quem gosta de museus, em Punda, pode visitar o Jewish Cultural- Historical Museum e o Numismatic Museum, com postais e selos de diversos lugares do mundo; em Otrabanda, Museum Kura Hulanda, que trata do período do tráfico de escravos; e em Scharloo, o Curaçao Maritime Museum, que mostra como a Companhia Holandesa das Índias Ocidentais conseguiu expulsar os espanhóis e dominas as três ilhas (Aruba, Bonaire e Curaçao – ABC).

·         Ao norte da Capital ficam as principais praias: Kleine St. Michiel (uma antiga vila de pescadores, com boa infraestrutura de cafés e restaurantes), Kas Abou, Playa Lagún, Playa Knip e Playa Kalki, todas com mar turquesa e excelentes para mergulhos com snorkel.

·         Além de praias, Curaçao conta com dois grandes parques: Christoffel National Park, com vegetação nativa, animais e antigas plantações de laranja, e o Shete Boka National Park, com cavernas e grandes pedras de calcário viradas para o mar. 


Se você quer fazer mergulhos, a melhor opção é a olhar as empresas credenciadas no http://curacaounderwater.com/




Carpaccio do Restaurante do Fort Riffart
Restaurantes:
Eu comi no Restaurante do Fort Riffart e aconselho muito. Peça o carpaccio de coelho (ou era de pato???)! Divino.





Compras

Se você chegar num domingo e tiver a sorte de um cruzeiro estar ancorado, você poderá comprar coisas lindas nas inúmeras lojinhas de Old Willemstad ou fo Fort Riffart. Caso contrário, as lojas fecham impreterivelmente às 13h.

Infelizmente, eu não comprei nada... nem um imã de geladeira!


O site oficial de Curaçao tem mais informações: http://www.curacao.com/pt

Beijos


Drink

Para finalizar, que tal fazer um drink bem especial com a mais famosa bebida de Curaçao: o Curação Blue?

Receita de Blue Lagoon
  • 1 dose de Vodka
  • 1 dose de Limonada
  • 2 dose de Curaçao Blue
  • Gelo
  • Completar com Soda
Misture a Vodka, a limonada e o Curaçao Blue com gelo na coqueteileira e sacuda bem. Coloque a mistura em dois copos altos e complete com soda!
Receita testada e aprovada!!!!

quarta-feira, 2 de março de 2016

O Salar de Uyuni

 Quem me acompanhou no Instagram (@voualivoltoja) sabe que, recentemente, fiz a travessia do Salar de Uyuni até o Atacama.

Foi uma das viagens mais legais que eu já fiz.
Chegando no Salar de Uyuni


A gente menospreza demais a Bolívia, mas já fui duas vezes e sempre me surpreendo. Apesar da falta de estrutura para o turismo, a Bolívia é um país maravilho e com pessoas maravilhosas.
Vá e divirta-se. O melhor: divirta-se gastando pouco!!!

Saímos de São Paulo e pegamos o voo para Santa Cruz de la Sierra. De lá, pegamos mais um voo (companhia áerea boliviana chamada Amaszonas - voos bons e relativamente pontuais) para Sucre.

Sucre é a cidade (dizem) mais bonita da Bolívia. Achei, na verdade, a cidade menos ocre - aqui as casas e prédios são pintados.

Gobernación de Chuquisaca em Sucre

San Francisco Neri

No caminho até Uyuni, passamos em Potosí. A cidade é uma das mais altas do mundo e está a 3.967 metros de altitude. Não é um bom lugar para quem tem problemas respiratórios e a dor de cabeça começou. A cidade é Patrimônio Mundial da UNESCO!!!
Catedral de Potosi

Se você for por esses lados, não deixe de visitar a Catedral Gótica de São Lourenço, a Casa da Moeda e a Universidade Tomás Frias. Outro ponto interessante é visitar as tão famosas minas de prata que abasteceram o mercado europeu por muitos e muitos anos...

Perdemos muito tempo na estrada e chegamos muito tarde em Uyuni. Aqui, não espere muito luxo – embora alguns hotéis 5 estrelas já estejam instalados na região – e preços bem salgados.
A cidade vive praticamente do turismo ao redor do Salar e aproveita (não que eles estejam errados).

Logo cedo, pagamos nosso pacote de travessia e começamos o tour – fechamos tudo por email do Brasil e só pagamos aqui na Bolívia. 

É importante trazer cash (dólar ou bolivianos) para fazer o pagamento. Muitos (MUITOS) lugares não aceitam cartão ou, quando aceitam, cobram uma taxa elevada para processar a transação. 

Kit básico da viagem: casaco, protetor solar, óculos de sol, muita água, barrinhas de cereal, PAPEL HIGIÊNICO (ou lencinho umedecido)

1º dia de travessia

Primeira parada: Cemitério de trens. Um surto de progresso que tomou a Bolívia entre o final do século XIX e início do século XX. Nesse período, uma linha férrea foi criada com os ingleses (Antofagasta and Bolivia Railway Companies) para transportar matéria prima, como estanho, prata e ouro, até o porto chileno de Antofagasta, antiga saída boliviana para o Pacífico.

A ferrovia funcionou até os anos de 1940, quando os custos aumentaram e os interesses estrangeiros acabou. Assim, os trens foram abandonados em um ferro velho no meio do nada. É muito bonito de se ver... mas todos os tours chegam aqui ao mesmo tempo e dificilmente você consegue fazer uma foto sem alguém... hihihihi
sou a maquinista do meu trem...

Nada mais é do que um ferro velho com maquinas ferroviárias abandonadas, tão enferrujadas pelo 
tempo que chegam a ser bonitas.
Segunda parada: Salar de Uyuni!! É o maior deserto de sal do mundo, com cerca de 12.000 km² de extensão e está a 3.600 m de altitude. Nessa época do ano, chove bastante no Salar e, nos dias de sol, ele se transforma em um gigantesco espelho. Infelizmente, não pegamos sol, mas a visita ao Salar compensa!

Simplesmente Fantástico.
O Salar e sua imensidão branca...







Terceira parada: Como tinha chovido muito e o Salar estava inundado (acredite, em alguns pontos, a água estava no meio da canela), era impossível atravessar o deserto e dormir no Hotel de Sal – na verdade, estou achando que esse hotel é lenda, mas tudo bem...
Artesanato Local


Depois me falaram que o hotel é de verdade, mas reza a lenda...
Seguiríamos pela (mistura de terra, areia e um resto de asfalto) até nossa hospedagem, onde seria servido comida e bebidas quentes, banho e cama...








2º dia de travessia

O dia começou cedo! Depois de um café da manhã agradável (não há muito luxo e os bolivianos se esforçam para que a estadia seja boa), arrumamos tudo, subimos no carro e pegamos entrada.
Primeira parada: esse lugar fantástico: formação rochosa bem peculiar e uma linda vista para os vulcões adormecidos da Cordilheira dos Andes.




Segunda parada: os primeiros flamingos e a primeira laguna... Essa é a Laguna Cañapa e, ao fundo, o vulcão ativo Ollague (com 5840m).





A parada para o almoço não podia ter visual mais bonito: a Laguna Hedionda!

Laguna Hedionda num dia de sol e frio...


Quinta parada do dia: depois de um descanso merecido, seguimos para o Deserto de Siloli – a uma altitude de 4550 m, é o mais alto e mais cedo do mundo!!!! O lugar parece saído de um filme do Star War. Me achei em Tatooine…



É aqui que fica a "famosa" Arbol de Piedra



 Sexta parada: Laguna COLORADA. Linda, salgada e tóxica! Fica dentro da Reserva nacional de fauna andina Eduardo Avaroa e próxima à fronteira com o Chile.








Sétima parada: gêiseres “Sol de Mañana”. Subimos, subimos e subimos. Chegamos a 5.000m de altitude e os gêiseres estão em uma área desértica de aproximadamente 2km2 de extensão. 
A atividade vulcânica é alta e a lava vulcânica fervendo pode ser vista nos buracos. Além disso, as fumarolas e gêiseres podem chegar a 50 metros de altura. O cheiro de enxofre é enorme.


Depois de um dia bem cansativo, tudo que queríamos era banho, cama e bebidas quentes. Nossa acomodação era no meio da Reserva Nacional de Fauna Andina Eduardo Avaroa. 

Fim de tarde - na verdade, eram 20h32 - no Parque Nacional Eduardo Avaroa

Não tinha banho, mas de frente para uma laguna e com uma piscina de águas termais na porta, era a melhor acomodação do mundo.

3º dia de Travessia

Como iriamos para San Pedro de Atacama, no Chile, saímos cedo em direção à fronteira. 
E amanheceu assim... 

A primeira parada foi o Deserto de Dali. Essas formações rochosas lembram os quadros surrealistas do artista espanhol.

Deserto de Dali

É areia que não acaba mais...

Depois, paramos para ver as Lagunas Verde e Blanca. A Laguna Verde fica nos pés dos Vulcão Licancabur (6000 m de altitude) e suas águas tóxicas são impregnadas de cobre.

Laguna Verde
Chegamos na Fronteira!!!!

E aqui fomos abandonados. Isso mesmo...
Depois da imigração na Bolívia (uma casinha sem qualquer infraestrutura num descampado), nosso guia entrou no carro e foi embora para Uyuni. Disse que um ônibus iria nos buscar. Fazia muito frio.
Um ônibus chegou e – ACREDITE – não era para nos levar até San Pedro. Claro que fiz um barraco. No fim, o motorista “aceitou” nos levar – pequeno detalhe: nosso grupo e mais 15 outras pessoas.


Vamos melhorar os ânimos (o estresse foi grande) e curtir o que o Atacama tem a oferecer!

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Um pouco de esqui em Blue Mountains - Canadá

Que dia frio!!!
Blue Mountains Village


A temperatura está -14ºC quando levantamos. Isso, sem falar na sensação térmica de -24ºC!!!
Nunca imaginei sentir tanto frio.
No caminho para The Blue Mountais

Depois de um café da manhã reforçado, pegamos o carro e fomos em direção à região de Blue Mountain, pouco mais de 
150 km de Toronto.

A principal atração do local é o turismo - esqui no inverno e algumas atividades ao ar livre no verão.

O primeiro motivo para visitar a estação de esqui é o caminho... as estradas são lindas e você passa no meio de fazendas, campos cobertos por neves, moinhos a vela... 

A primeira parada é na cidade vizinha à estação de esqui é Collingwood, bem pequena, mas é ali que ficam os restaurantes mais em conta, supermercados, cinemas, lojinhas...
É um típica cidade do interior do Canadá.
Você pode ficar hospedados lá ou ir para a estação de esqui, onde encontra restaurantes e excelentes hotéis.

Tudo é muito lindo... Nosso hotel, nem preciso dizer..

Frio e diversão....
Nosso hotel tinha uma estrutura fantástica: lareiras nos quartos, lareira no Hall de entrada, piscina aquecida no meio da neve...





Neve e piscina aquecida: tudo a ver!!!

Outra excelente opção em Blue Mountains é descer a montanha!!!
O valor é bem salgado. Se você não tem os equipamentos, o aluguel de botas, esqui, capacete, o aluguel sai por mais de CAD 150,00.
O dia para brincar e descer as pistas também sai por CAD 100,00 - no mínimo.




Depois de muitas descidas, resumo: adorei, mas cai e me machuquei. A opção agora é fisioterapia no Brasil.

As pistas de esqui de Blue Mountains